Não é nada disso! Não é nada disso que está estampado nas vitrines! Não é essa dor falsa que tão vendendo em tablete! Não é nem verdade! Você não consegue ver, não consegue sentir, não consegue enxergar em meus olhos! Mesmo se eu gritasse com todas as forças dos meus pulmões o máximo que você conseguiria fazer é fingir que entende, mas você não quer entender! Nunca quis! Pra você essa dor é só falsidade e pesar mentiroso, pra você isso não passa de um ornamento para uma cara feia e magra, você nunca soube como dói, nunca vai sentir! Não é humano, nem tão pouco humana pra isso!
Sou humano até a tampa, vou morrer assim, criação de Deus, blasfêmia encarnada! Dejeto de meus pais, de meus antepassados, encharcado de tudo que não quero ser... Então como não pesar? Como não sentir o enorme trouxa que sou sobre os ombros de minha alma? Alma fraca e triste, sem cor e sem vontade, sem tesão, sem dinheiro pra comprar os prazeres, frigida e enlatada numa coca-cola light! Como serão meus futuros, como foram meus passados, como sou!
Sou humano até a tampa, vou morrer assim, criação de Deus, blasfêmia encarnada! Dejeto de meus pais, de meus antepassados, encharcado de tudo que não quero ser... Então como não pesar? Como não sentir o enorme trouxa que sou sobre os ombros de minha alma? Alma fraca e triste, sem cor e sem vontade, sem tesão, sem dinheiro pra comprar os prazeres, frigida e enlatada numa coca-cola light! Como serão meus futuros, como foram meus passados, como sou!
Vou cuspindo em mim... Pra vê se me limpo por dentro...
Dor latente em minha geração (“My generation”) que transpira em mim!