segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Simulacro


Eu sou o tipo de pessoa que repudio! O tipo de pessoa que me faz atravessar a rua, dos monstros o mais feio, das sombras a mais escura, das mentiras a mais bem contada, dos medos o mais mesquinho, da covardia a mais infame, do mau gosto o mais presunçoso, da perdição a mais equivocada, dos sonhos o mais acordado, das noites a sem estrelas, dos dias o mais nublado!

Sou minha menor tentativa e meu maior fracasso, meu repúdio da vida e meu medo da morte, sou quem triste caminhou pelas ruas... Eu e minha cara displicência dissimulada de perdição! Eu e os falsos objetivos que me cercam... Eu e minhas cercas! Os inúmeros disfarces que trago nas chagas do peito, o sorriso que aprendi a exportar, os lucros que me sugaram a alma, as vidas que me sugaram a alma, os planos que me sugaram a alma, a pouca alma que restou. Quanto disso será verdade? E quanto será mentira? Quando saberei?

Quem acredita em crônicas está habilitado a cobrar dos contos... Quem acredita em mim está habilitado a cobrar minha amizade...

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