E eis a necessidade de Paixão,
que desaba sobre a alma como se fosse fundamento sine qua non para a existência
de quem vive! E eis a Paixão a me cobrar algum fogo, algo que torne a vida uma
chama esgotável, passageira e intensa. Algo pelo quê lutar e morrer (e morrer,
e morrer, e morrer!), uma paixão que queime, um olhar para desejar felicidade,
um motivo para “se dá bem na vida”!
Um amor, talvez... Uma paixão com
certeza! Alguém que atribua a esta vida insignificante mais insignificância e
um pouco de sentido, uma fuga do vazio, um medo de perca, uma vontade de
vitória, alguém com quem sonhar e iludir a morte. Ora, óbvio é que toda esta
necessidade nasce de uma medíocre cabeça(e coração), claro que tudo isto não
passa de fuga, falta de maturidade, medo e outras fraquezas listáveis. Mas já
não me abstenho de sentir estas dores em meus calcanhares, aliás, mais que
isso, já não há como escapar destes grilhões que me foram dados como quem dá um
belo colar de diamantes, quando acorrentado ando pelas ruas da cidade a
desfilar minha felicidade para os incautos que ainda não sabem o que é amar no
cair da madrugada. Um amor que bata a porta, que ligue pela manhã e diga que
está chegando, que pergunte como foi meu dia e se já tomei o remédio para
gripe, que me traga um sorriso a falar uma tolice, que me ensine mais sobre a
vida...
Tenho dito em mesas, sobre o
etílico efeito de uma cerveja, que “amores não se procuram, simplesmente se
acham”! E não adianta nem olhar para as estrelas, para o chão, para o mar, para
os olhos de quem passa... Amores se esbarram!
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