quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Olhos Fechados


E eis a necessidade de Paixão, que desaba sobre a alma como se fosse fundamento sine qua non para a existência de quem vive! E eis a Paixão a me cobrar algum fogo, algo que torne a vida uma chama esgotável, passageira e intensa. Algo pelo quê lutar e morrer (e morrer, e morrer, e morrer!), uma paixão que queime, um olhar para desejar felicidade, um motivo para “se dá bem na vida”!

Um amor, talvez... Uma paixão com certeza! Alguém que atribua a esta vida insignificante mais insignificância e um pouco de sentido, uma fuga do vazio, um medo de perca, uma vontade de vitória, alguém com quem sonhar e iludir a morte. Ora, óbvio é que toda esta necessidade nasce de uma medíocre cabeça(e coração), claro que tudo isto não passa de fuga, falta de maturidade, medo e outras fraquezas listáveis. Mas já não me abstenho de sentir estas dores em meus calcanhares, aliás, mais que isso, já não há como escapar destes grilhões que me foram dados como quem dá um belo colar de diamantes, quando acorrentado ando pelas ruas da cidade a desfilar minha felicidade para os incautos que ainda não sabem o que é amar no cair da madrugada. Um amor que bata a porta, que ligue pela manhã e diga que está chegando, que pergunte como foi meu dia e se já tomei o remédio para gripe, que me traga um sorriso a falar uma tolice, que me ensine mais sobre a vida...

Tenho dito em mesas, sobre o etílico efeito de uma cerveja, que “amores não se procuram, simplesmente se acham”! E não adianta nem olhar para as estrelas, para o chão, para o mar, para os olhos de quem passa... Amores se esbarram!

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