domingo, 17 de abril de 2011

Bendito seja...


Bendito seja um homem e sua cerveja! Bendito seja todo aquele que encontra sobre o doce sabor etílico descanso para sua pobre alma! Bendito seja todo aquele que, ao se deparar com o acre esforço de caminhar sobre este chão, se detém vez por outra ao deleite de embriagar e alterar sua frágil percepção de mundo! Afinal não é por isso que todos bebem? Na leda tentativa de se desvincular da miserável existência de seus trabalhos, dos milhões de relatórios, das ameaças de greve, das suspeitas de dengue, dos salários atrasados, das menstruações atrasadas, dos medos recorrentes, das frustrações permanentes... Beber para esquecer, beber para lembrar! Beber pra sorrir, beber pra chorar...

Beber me é refúgio, onde me escondo de mim, onde me engano, me torno outro, ou sou eu mesmo quantas vezes quiser... Espero me perder em um labirinto onde possa deixar meus monstros perdidos também, fingir que não sei da existência de minhas angústias!

Deveríamos beatificar o inventor da cerveja! Bendito seja ele que nos proporciona a autoenganaçao, o delírio, os sorrisos, os amigos na mesa, e obviamente (para cobrar seu quinhão divino) a sagrada ressaca de segunda de manhã...

"A gente bebe porque todo mundo bebe! A gente bebe pra poder comemorar! A gente bebe porque assim a gente esquece... A gente esquece que amanhã vai trabalhar..."(Adriano Viana)

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